Um grupo formado por cinco ex-vereadores, duas ex-tesoureiras e uma ex-secretária da Câmara Municipal de Capistrano, cidade no Interior do Ceará, foi condenado a 367 anos de prisão (penas somadas) por crimes como organização criminosa e peculato.

Segundo a acusação do Ministério Público do Ceará (MPCE), o grupo desviava recursos públicos por meio do pagamento indevido de diárias pela Câmara Municipal, entre os anos de 2017 e 2018. O esquema era liderado pelo ex-presidente da Casa, Raimundo Nonato Alves Francelino, conhecido como Namim, que foi condenado a 166 anos e quatro meses de prisão, a maior pena entre os réus.

Os outros ex-vereadores condenados foram José Andrade Gonçalves Costa (11 anos), Antônia Ezaquiel de Holanda (9 anos), Carlos André Coelho Araújo (7 anos) e Francisca da Silva Magalhães (11 anos). Eles foram auxiliados pelos ex-tesoureiros Jesuíno Oliveira de Castro (71 anos) e Fábricia Oliveira Alves (21 anos), e pela ex-secretária Rosa Ribeiro Alves de Oliveira (71 anos).

Todos os réus negaram as acusações e alegaram falta de provas, mas os magistrados que os julgaram consideraram que havia elementos suficientes para a condenação, como depoimentos de testemunhas, documentos apreendidos e relatórios do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE).

A quadrilha foi desarticulada em junho de 2018, durante a Operação Day Off, realizada pelo MPCE em parceria com a Polícia Civil. Na ocasião, quatro vereadores e outros dois investigados foram presos. De acordo com o MPCE, o grupo usava como pretexto viagens a Fortaleza para participar de reuniões na União dos Vereadores do Ceará (UVC) e em outras instituições, mas na verdade se tratava de um esquema para desviar dinheiro público.

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