Associação da Imprensa do Sertão Central (AISC) denuncia falta de atendimento traumatológico nos hospitais. Radialista Geibson Costa aguarda há mais de 20 dias por cirurgia após acidente de moto.

No cenário político do Ceará, a saúde pública se tornou um ponto sensível e alarmante. Recentemente, o radialista Geibson Costa, figura conhecida em Quixadá e região, enfrenta uma verdadeira via-crúcis após um acidente de moto na cidade de Quixadá. Com o ombro e o braço quebrados em dois pedaços, além de uma lesão na munheca, Costa foi internado no Hospital Eudásio Barroso, mas a falta de atendimento traumatológico adequado e depois de quatro longos dias de dores, levou à sua transferência para o Hospital regional do Vale do Jaguaribe, em Limoeiro do Norte.

Apesar da promessa de que o hospital em Limoeiro do Norte seria o local regional responsável pelo atendimento traumatológico, Geibson Costa aguarda há mais de 20 dias por procedimentos médicos cirúrgicos essenciais para sua recuperação. A situação levanta questionamentos sobre a disparidade no tratamento de pacientes, levando a Associação da Imprensa do Sertão Central (AISC) a protestar publicamente contra o que chamam de “imoral atendimento médico público” nos hospitais em questão.

A indignação da AISC se fundamenta na ausência de atendimento traumatológico no Hospital Eudásio Barroso, que forçou a transferência de Geibson Costa para Limoeiro do Norte. No entanto, o hospital regional do Vale do Jaguaribe, mesmo sendo apontado como referência, parece não cumprir com eficiência sua missão. Mais de 20 dias se passaram sem que qualquer procedimento cirúrgico fosse realizado, levantando questionamentos sobre a eficácia do sistema de saúde pública do estado do Ceará.

A Associação também expressa sua preocupação com a possibilidade de que, caso a vítima fosse uma pessoa de maior influência ou parente de um político estadual, os procedimentos médicos já teriam sido realizados. Esse tipo de disparidade levanta questões cruciais sobre a igualdade no acesso à saúde, onde a condição econômica ou política parece determinar a prioridade no atendimento médico.


A situação expõe uma triste realidade enfrentada diariamente pelos mais desfavorecidos, que muitas vezes pagam o preço da ineficiência na gestão da saúde municipal e estadual com suas vidas. Enquanto o governador, secretário de saúde estadual, prefeito municipal de Quixadá e secretária municipal de saúde de Quixadá sorriem nas mídias como se tudo estivesse às mil maravilhas na pasta da saúde, os pobres, que dependem dos serviços de saúde, enfrentam dores e desesperança em busca de atendimento digno e humano nos hospitais públicos.

Diante desse cenário, a Associação da Imprensa do Sertão Central (AISC) faz um apelo ao prefeito de Quixadá o médico Ricardo Silveira, ao governador Elmano de Freitas e às autoridades responsáveis, clamando por medidas urgentes e eficazes na melhoria do sistema de saúde do Estado do Ceará. CHEGA DE FAZ DE CONTAS, é hora de ações concretas para garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua condição social, tenham acesso a um atendimento médico digno e eficiente.

“ O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons.” (Martin Luther King)

Wanderley Barbosa
Jornalista e radialista profissional
Presidente da associação da Imprensa do sertão Central – AISC

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