A Associação da Imprensa do Sertão Central (AISC) volta a denunciar o alarmante descaso no atendimento à saúde nos hospitais públicos do Ceará, que enfrentam uma crise profunda. Há 22 dias, o radialista quixadaense Geibson Costa, vítima de um acidente de moto, clama por uma cirurgia para corrigir a clavícula (ombro) e o osso do braço. Após passar por dois hospitais, o de Quixadá e o Regional do Jaguaribe em Limoeiro do Norte, Costa ainda aguarda com muitas dores por um atendimento digno.
O caso de Geibson Costa expõe a situação crítica enfrentada pelos pacientes nos hospitais públicos cearenses, onde a espera por procedimentos médicos se torna uma verdadeira loteria. A lentidão no sistema de saúde tem deixado pacientes em situações angustiantes, enquanto os representantes políticos parecem alheios à realidade que assola a população.
Enquanto a saúde do radialista e de outros pendura por um fio, os políticos continuam imersos em estratégias de reeleição e discussões sobre quem assumirá os cargos políticos em 2024. A AISC critica veementemente essa falta de empatia por parte dos nossos representantes políticos, que, ao invés de priorizarem o bem-estar da população, se ocupam com disputas eternas de poder.
A indignação da AISC também questiona se o cenário seria o mesmo se o paciente fosse um membro da elite política, um familiar de alto escalão, como o governador, senador, deputado, prefeito ou vereador. A disparidade no tratamento médico entre cidadãos comuns e os privilegiados é uma afronta à igualdade e ao direito básico à saúde em nosso estado.
A imprensa, também não pode se omitir diante dessa grave situação na saúde pública, pois qualquer cidadão está sujeito a enfrentar esse mesmo pesadelo. O alerta é claro: a crise na saúde pública do Ceará não deve ser ignorada, pois amanhã, qualquer um de nós, jornalistas, radialistas, publicitários, AMANTES DAS REDES SOCIAIS ou qualquer outro profissional, pode ser vítima dessa negligência médica criminosa.
A Associação da Imprensa do Sertão Central (AISC) conclama a sociedade a despertar para a realidade e pressionar por mudanças efetivas no sistema de saúde pública. Os eleitores, em especial, são instados a perceberem a importância de suas vidas e a exigirem um atendimento digno, afinal, suas vidas importam para seus familiares e para o futuro de uma sociedade mais justa e igualitária.
“ O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons.” (Martin Luther King)
Wanderley Barbosa
Jornalista / Radialista
Presidente da Associação da Imprensa do Sertão Central – AISC